Curiosidades

Jornal São Carlos agora.com.br

15.02.2016

O mosquito aedes aegypti deve ser a representação mais democrática que já surgiu, é danoso como uma catástrofe natural, um terremoto ou um tsunami. Não tem qualquer preconceito, pode causar a morte de homens ou mulheres, brancos ou negros, adultos ou crianças, pobres ou ricos, jovens ou idosos, heteros ou homossexuais. Não fazem qualquer restrição ao sabor do sangue humano. Não há preferência. Aperfeiçoado, também não está mais fazendo distinção a qualquer tipo de vírus, transmite a zica, a chikungunya e a já menos importante dengue.

Só por isso já estaríamos aprendendo muito com esse bichinho. Existe forma mais original de afirmarmos que somos todos iguais? Apenas outro evento biológico nos coloca em condições de mesma identificação. A morte.

Igual a evolução da praga, outros ensinamentos parecem ser absorvidos pela sociedade, a ordem e a cidadania.

Pode não ser notado, mas os noticiários, as manifestações nas redes sociais, órgãos públicos e privados de todas as ordens e instâncias estão se mobilizando sem demonstrar interesse em ostentar o estandarte. Isso é desenvolvimento.

Existem frases, pensamentos, filosofias, ditados populares, que sempre referenciaram as mobilizações nos momentos extremos. Acho que podemos sintetizar com a expressão "se não pelo amor, pela dor".

A forma mais eficiente de fortalecermos nossa corporação contra o inimigo comum sem dúvidas é evitando a disputa dentro do próprio exército.

Nota-se que os movimentos populares com um único propósito, na formação de mutirões para destruir o oponente, antes de tudo é um movimento cívico. Tem mobilizado mais que a população do país, está havendo a integração de pesquisadores e cientistas dos quatro cantos do mundo em busca de uma solução comum ao problema. Nossa! Esse mosquito é um ensinamento profético.

Óbvio nosso sentimento solidário da dor de quem já sofreu, está sofrendo e corre o risco de sofrer por conta da vulnerabilidade a que estamos sujeitos. Mas será que não poderíamos entender que a mobilização comum é a única maneira de eliminar nossos inimigos?

Caros políticos, senhores da razão. Informamos a todos que por conta do doloroso aprendizado a que fomos sujeitos, desenvolvemos a cultura da organização em nome do bem comum. Tão logo liquidemos com essa praga do mosquito, que de maneira crescente, em toso verão apavora a população, estaremos nos mobilizando contra o mal maior que assola a população, não apenas no verão, mas em todas as estações do ano e há muito mais tempo. Estaremos ainda mais fortalecidos, pois além da vitória contra o aedes aegypti, certamente por conta do desempenho de nossos atletas nos jogos olímpicos deste ano, o patriotismo estará incendiando nossos corações, entusiasmados e conscientes a luta será ainda mais fácil.

Colunista Edgard Andreazi Moreira.

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